RANIERI: Américo Rafael Ranieri foi uma das figuras mais marcantes do movimento da fraternidade, muito conhecido também do espiritismo no Brasil.
Até 1948, Ranieri residiu em Belo Horizonte, onde deu-se de fato sua iniciação espírita. Privou longo convívio com Francisco Cândido Xavier e naturalmente amealhou com este, farto material como subsídio de sua futura jornada mediúnica (…). Chico transmitiu-lhe segurança e, com isso, ao par com Jair soares, exultou-se diante das crescentes responsabilidades que os Espíritos Mentores lhe reservavam. Como o “Movimento” nascente estava revestido de maior abrangência, o comando do próprio destino escapou-lhe às mãos: ainda em 1948, na aurora prenunciadora das materializações luminosas e outro fenômenos ectoplásmicos que encantaram o Brasil, ei-lo transferindo moradia para a cidade do Rio de Janeiro. Lá conviveu com Francisco Peixoto Lins ou Peixotinho, talvez o maior médium de efeitos físicos que o Brasil conheceu w, tão rapidamente integrou-se às atividades do Centro Espírita André Luiz, que neste mesmo ano foi investido no cargo de presidente da Instituição. A partir de 1949, em estado de êxtase e certamente sob influência da Espiritualidade Superior, multiplicava-se para atender com a presença, em variados agrupamentos entusiasmados com o ideal de Scheilla: o surgimento de movimento propugnando a união voluntária de criaturas para, sob a égide de Jesus e à luz da Doutrina Espírita, reviver o Cristianismo Primitivo.
Em 1956, quando operava como delegado de polícia em São João da Boa Vista, juntamente com o saudoso Welson Barbosa e outros, fundou o Grupo da fraternidade Joseph Gleber e, em Águas da Prata, o grupo da fraternidade José
Grosso, aliás em datas quase coincidentes.
Não teve como se furtar ao assédio da política e acabou prefeito de Guaratinguetá e sua presença ficou marcada por um paradigma: o social como meta política!(…)
Destacam em sua bibliografia obras como: Forças Libertadoras,
Materializações Luminosas, Recordações de Chico Xavier, O Abismo, O Sexo Além da Morte, Jerusalém Libertada, Aglon e os Espíritos do Mar, João vermelho no Mundo dos Espíritos, O Palácio Encantado da Mediunidade e o Castelo do Ego.
Era profunda a sua amizade com Francisco Cândido Xavier e o espírito Altino. (…). Uma característica marcante de Ranieri era a sua facilidade de fazer amigos, talvez pela sua postura cativante, palavra fácil, culta e ao mesmo tempo revestida de simplicidade.
Ranieri desencarnou em 28 de Maio de 1989, vitimado de derrame cerebral aos 69 anos.
(BIBLIOGRAFIA: MOVIMENTO DA FRATERNIDADE – AUTOR: CÉLIO ALLAN KARDEC DE OLIVEIRA – MONTAGEM PARA RESUMO)