Irmãos, Nosso Senhor nos abençoe!
Por todos os recantos, espalha-se a idéia de estarmos em período de transição planetária.
Os cientistas estudam as modificações climáticas e seus efeitos sobre o planeta e os seres vivos.
As universidades e empresas governamentais aprofundam pesquisas que possam minorar a fome no mundo, preocupadas com um suposto crescimento populacional desordenado.
Países gastam recursos na busca de maior defesa contra possíveis mecanismos de destruição da Terra e até alternativas de vida em outros planetas e satélites.
As religiões, aos quatro cantos, cada uma com seus princípios e verdades, afirmam que o tempo de modificações profundas está perto.
O Espiritismo, por sua parte, esclarece tranquilamente que estamos sim em período de transição do planeta, que passará de expiações e provas para de regeneração.
Neste processo, teremos um saneamento moral do planeta, aqui permanecendo somente aqueles que apresentarem um mínimo necessário de comprometimento com os ideais do nosso Mestre Jesus.
Por todos os lados, as vozes dos planos maiores concitam à transformação moral, incentivando a manutenção dos ideais sublimes em nossos corações e atos, diante da grande efervescência, patrocinada por bilhões de Espíritos que se encontravam em condições de revolta e viciação e que a bondade de Nosso Pai permitiu que tivessem mais esta chance no solo do mundo.
Mas, enganam-se os que pensam que este processo está desprovido de um planejamento superior. Há dois mil anos, os escritos já nos alertavam que o machado foi colocado aos pés da árvore.
Em todos os tempos, missionários do bem buscaram manter acesa a chama da esperança e do amor.
O Consolador Prometido por Jesus veio à Terra na metade do século dezenove, a fim de preparar os corações para uma nova ordem de viver.
Por todos os lados, foram convocados trabalhadores de boa vontade, com o fito de preparar o homem para as modificações que viriam.
Enquanto Allan Kardec codificava a Doutrina dos Espíritos, na ambiência espiritual do Brasil reuniam-se trabalhadores esclarecidos do Cristo e outros de boa vontade que, cansados dos desenganos do passado, buscavam reconstruir o íntimo no trabalho edificante na seara do Mestre.
Sob as bênçãos do mais alto, rogaram a oportunidade de auxiliarem as hostes do bem no período de transição, buscando o resgate íntimo e o soerguimento do próximo.
O Movimento da Fraternidade surgia aí, pujante no plano dos Espíritos, sob a luz das esferas superiores e ante a emoção e alegria de todos!
Dentro das hostes do Consolador Prometido, somaria esforços para fincar a bandeira da Fraternidade no seio do Brasil, vivenciando o Evangelho de Jesus em espírito e verdade.
No final daquele século, imbuídos dos mais sinceros sentimentos, os trabalhadores começaram a renascer no planeta, mais precisamente no Brasil, a fim de materializarem as intenções.
Aquelas almas somente pediram uma coisa: – “Que os nobres mensageiros do bem não os abandonassem em tempo algum, para que os ideais pudessem ser cultivados e renovados!”
Por volta da metade do século vinte, a Espiritualidade começa a colocar os tarefeiros em contato e por todos os lados o chamamento se deu.
André Luiz usa a pena de Chico Xavier para conclamar os agrupamentos fraternos a novo procedimento, calcado no respeito, na caridade e no amor.
Convoca os fraternistas a saírem da comodidade de seu mundo individual e a buscarem os necessitados do corpo e da alma.
A OSCAL materializa-se pela decisão de Grupos da Fraternidade e passa a ser o pastor cuidadoso, que busca congregar suas ovelhas no redil do Senhor.
Alertas da Espiritualidade amiga recordam os corações o comprometimento com a Cidade da Fraternidade, núcleo cristão a dar exemplo de vivência digna.
Nas várias cidades e estados, são convocados os que se comprometeram com a tarefa, encarnados e desencarnados, e Grupos da Fraternidade são fundados, com esperanças redobradas.
Muitos atenderam o chamado do alto, outros preferiram a acomodação…
No contato do dia a dia, era natural que surgissem dificuldades e rusgas. Felizes os que souberam vencê-las e prosseguiram.
Assim, após décadas de materialização no mundo, muitos foram os acertos e também os erros.
A Espiritualidade, porém, em nenhum momento se calou. Os homens é que às vezes não souberam escutá-la ou entendê-la.
E assim, aqui estamos reunidos!
De forma alguma devemos nos sentir proprietários da palavra “fraternidade”. Mais do que exigir do mundo, nós é que devemos exercitá-la.
Não tenhamos vaidades! Somos mais um apoio do Cristo, sem exclusividades.
Por outro lado, não devemos inferiorizar-nos!
O Movimento da Fraternidade é filho legítimo do esforço de sustentação ao bem na Terra, dentro do Espiritismo, com intuito de fazer brilhar a luz do amor.
Outros podem não entendê-lo. O que nos importa, senão, que nós nos entendamos?
A nossa ação no bem será nosso distintivo, o nosso amor abrirá as portas dos corações e a vivência da Fraternidade legítima será hino de exaltação aos novos tempos que virão.
A transição se processa a cada dia, a cada momento!
O Cristo pede de cada um que primeiramente construa em seu coração a fraternidade. A partir daí, ela se expandirá a todos os que se encontram ao redor.
E assim, a chama do Movimento da Fraternidade aquecerá os corações, e, da Pátria do Evangelho construída por todos, eflúvios de amor se espargirão por todo o mundo, na construção diária do mundo de regeneração.
Muita Paz!
Fritz Schein
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Robério Torres no encerramento da XXIV Semana da Fraternidade em Belo Horizonte em 14/11/11)